Sou um homem que toca guitarra… Que tem isso?”, dizia quem, com mágicos movimentos, perpetuou o som da sua guitarra na alma de um país.
Comemoramos, com este espetáculo, os 100 anos do nascimento de Carlos Paredes, revisitando algumas das composições daquele que, com a sua guitarra, se transformou em todos nós. Viva Paredes, sempre!“
Diogo Varela Silva, encenador
“Perpétuo – Tributo a Carlos Paredes” estreia dia 6 de Fevereiro de 2025, no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, contando com a chancela do Museu do Fado e da Comissão para as Comemorações dos 100 anos de Carlos Paredes.
Filho de Artur Paredes, neto de Gonçalo Paredes e sobrinho-neto de Manuel Rodrigues Paredes, Carlos Paredes foi herdeiro de uma vasta tradição familiar onde a guitarra esteve sempre presente.
Protagonizou um movimento de renovação e reinvenção da sonoridade da guitarra portuguesa que resultou de uma geração de 1960 revitalizada por novos conceitos socioculturais, onde floresciam vozes como as de José Afonso e Adriano Correia de Oliveira, a poesia de Manuel Alegre e as guitarras e violas de tantos outros artistas desta geração coimbrã.
No cinema, ficou célebre a sua música para Os Verdes Anos (1962) e Mudar de Vida (1966) de Paulo Rocha, e também para o Fado Corrido (1964) de Jorge Brum do Canto.
A sua vasta obra musical faz de Carlos Paredes um dos mais completos compositores e instrumentistas que a guitarra portuguesa conheceu. A sua obra fez escola e assume, na cultura musical portuguesa, um valor incalculável.
Em “Perpétuo – Homenagem a Carlos Paredes”, homenageamos o Mestre juntando alguns dos mais brilhantes instrumentistas de hoje para revisitar o seu legado de sempre.
Após a estreia no CCB, o espectáculo estará disponível para circular pelo país.
Ficha Artística / Técnica:
Conceção e Encenação – Diogo Varela Silva
Direcção Musical – João Paulo Soares
Guitarristas – Bernardo Couto, Gaspar Varela, Luís Guerreiro e Ricardo Parreira
Piano – Máximo Francisco
Saxofone – Ricardo Toscano
Viola de Fado – André Ramos
Viola Baixo – Francisco Gaspar
Coreógrafo – João Reis Moreira
Desenho de Luz – António Martins (Aldeia da Luz)
Som de Frente – Rui Guerreiro
Som de Palco – Jorge Jorge
O espetáculo contará também com um quarteto de cordas e bailarinos.